Abel Ferreira, atual técnico do Palmeiras, deu sua opinião em torno do debate assíduo que surgiu sobre os gramados de futebol no Brasil.
Em entrevista após a vitória sobre o Botafogo-SP, na última quinta-feira (20), o português reforçou a necessidade da fiscalização, mas reconheceu que existe uma preferência sobre o artificial uniforme, do que o natural com buracos, trazendo como exemplo críticas ao Maracanã e Castelão.
“É como ter uma Ferrari e andar em uma pista toda esburacada”, disparou Abel Ferreira. O treinador, ainda, mencionou Neymar: “Eu entendo o Neymar. No Mundial, a qualidade do gramado natural era melhor que o melhor carpete que tenho em casa. Mas se a Uefa fiscalizar os gramados do Brasil, passava um, se calhar dois”, disse.
“Não está escrito cientificamente que um gramado sintético provoca mais lesões que um gramado ruim. O que acontece no sintético por experiência é que em termos de articulação sofrem mais, mas é uniforme, não tem buracos. Falam de vantagem… Quando o Palmeiras ganhou um dos campeonatos, foi o melhor visitante. Esqueçam isso”, afirmou Abel. Para ele, a falta de fiscalização torna impossível a manutenção de gramados em boas condições no Brasil.
“Ao natural é o que mais gosto. Sabe quantas vezes joguei no Maracanã? Um dos estádios mais míticos a nível mundial. Quatro a cinco. Sabe quantas vezes o gramado estava médio? Zero. Eu preferia ir lá jogar e ter um gramado sintético”, apontou o treinador.