A tão aguardada estreia de Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira aconteceu nesta quinta-feira (5/6), com um empate sem brilho contra o Equador. A partida, válida pelas Eliminatórias, terminou sem gols e deixou a torcida com um gosto amargo. Apesar do tropeço, a expectativa é que o técnico italiano conquiste sua primeira vitória no próximo compromisso, contra o Paraguai, no dia 10/6, na Neo Química Arena, em São Paulo.
O desempenho abaixo do esperado reacendeu o debate sobre os desafios enfrentados por treinadores que assumem a Seleção. Curiosamente, entre os cinco técnicos anteriores, apenas um estreou com derrota — Ramon Menezes, que perdeu para o Marrocos em 2023. Todos os demais venceram seus primeiros jogos, mas nem por isso tiveram trajetória de sucesso.
Dorival Jr, por exemplo, começou com vitória sobre a Inglaterra em Wembley, mas acabou demitido após um desempenho mediano e uma goleada sofrida para a Argentina. Fernando Diniz teve início promissor com uma goleada sobre a Bolívia, mas acumulou fracassos e também caiu após derrota para os hermanos. Já Tite, o mais longevo, estreou vencendo o Equador e acumulou bons números, mas não conquistou títulos expressivos. Dunga, por sua vez, retornou após o 7 a 1 de 2014 e também estreou vencendo, mas foi demitido após fracasso na Copa América.
O histórico mostra que uma boa estreia não garante estabilidade, assim como um tropeço inicial, como o de Ancelotti, não significa necessariamente fracasso. Ainda assim, o novo comandante da Amarelinha já entra pressionado, especialmente por assumir um time carente de identidade e resultados expressivos nos últimos anos.
Agora, resta saber se o italiano conseguirá imprimir seu estilo e resgatar o prestígio da Seleção, ou se seguirá o mesmo caminho de seus antecessores, que começaram bem, mas terminaram sem deixar saudades.
