Em uma operação logística inédita e milionária, os clubes brasileiros Flamengo, Palmeiras e Fluminense decidiram unir forças — e bolsos — para garantir o máximo de conforto rumo aos Estados Unidos, onde disputarão o novo Mundial de Clubes da FIFA 2025. As três equipes fretaram um luxuoso Boeing com 82 assentos executivos, todos conversíveis em camas, ao custo aproximado de R$ 6 milhões por clube para ida e volta.
A viagem começou com o Fluminense, que embarcou no dia 6 de junho rumo à Carolina do Sul. Em seguida, o avião retornou ao Brasil para buscar o Palmeiras, que seguiu para Greensboro, na Carolina do Norte, no dia 9. Por fim, o Flamengo embarca em 11 de junho com destino a Atlantic City, Nova Jersey. A escolha por esse tipo de aeronave teve como objetivo principal preservar o condicionamento físico dos atletas, evitando o desgaste de voos comerciais longos.
A disputa pelo avião foi acirrada: o Manchester City também demonstrou interesse em fretar a aeronave, mas a empresa responsável optou por um contrato mais vantajoso com os brasileiros, realizando três trechos consecutivos em vez de um único voo transatlântico com os ingleses.
Apesar da FIFA oferecer cerca de R$ 2,2 milhões por clube para cobrir até 55 passagens executivas, os custos extras com o fretamento de luxo foram bancados pelas próprias equipes.
Enquanto isso, o Botafogo seguiu uma estratégia diferente. Após problemas logísticos em sua última viagem internacional, o clube carioca optou por um voo exclusivo com a National Airlines. A delegação embarcou em um Airbus com 294 lugares, incluindo 49 na classe econômica premium, e desembarcou em Los Angeles. De lá, seguiu por terra até Santa Bárbara, na Califórnia, onde ficará hospedado.
A corrida pelo título mundial já começou nos bastidores — e pelos céus — com os clubes brasileiros mostrando que, quando o assunto é conforto e preparação, não medem esforços (nem cifras).