O ex-jogador Jô, ídolo do Corinthians e com passagem marcante pelo Atlético-MG, abriu o coração sobre os dias difíceis que viveu atrás das grades. Preso pela terceira vez em pouco mais de um ano por atraso no pagamento de pensão alimentícia, o atacante passou cinco dias na cadeia, onde, segundo ele, enfrentou uma realidade chocante: “Doeu ver 40 presos numa cela, passando por dificuldades. Não quero passar por isso de novo”, desabafou em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record.
Pai de oito filhos — seis deles fora do casamento —, Jô admitiu que a pensão mensal ultrapassa os três dígitos e que sua atual realidade financeira está distante dos tempos de glória nos gramados. “Hoje já não tenho mais o salário que eu tinha antes. Tenho minha renda, posso pagar, mas ainda fico devendo”, confessou.
O ex-atacante revelou que precisou contar com a solidariedade de amigos, que organizaram uma vaquinha para quitar a dívida e garantir sua liberdade. Apesar de reconhecer as pendências, ele afirmou que nunca atrasou os pagamentos no passado e que os valores atuais são baseados em contratos milionários de 13 a 15 anos atrás. “É tudo muito complexo. Sempre paguei proporcionalmente ao que ganhava”, explicou.
Jô também refletiu sobre os erros do passado, como a falta de controle financeiro e os gastos excessivos com familiares e amigos. “Sempre ajudei meus pais, minhas irmãs, amigos. Você vai abrindo mão, se descontrolando. Isso foi um pouco do meu caso”, admitiu.
Além da prisão mais recente, em dezembro de 2025, Jô já havia sido detido em maio do mesmo ano, em Campinas, pouco antes de uma partida do Amazonas contra a Ponte Preta, e em outra ocasião, em Contagem (MG), durante um treino do Itabirito.
O ex-jogador agora tenta reorganizar a vida financeira e evitar novos episódios constrangedores. “Esses cinco dias foram bem difíceis. Lá dentro, você começa a repensar muitas coisas”, concluiu.