Uma aventura que virou pesadelo. Juliana Marins, uma jovem brasileira de 26 anos, está há mais de três dias aguardando resgate após cair em um penhasco durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia. A queda ocorreu na sexta-feira (20/6), enquanto ela fazia um mochilão pela Ásia com outros turistas. Juliana escorregou e despencou cerca de 300 metros abaixo da trilha principal, ficando isolada em uma área de difícil acesso.
Desde então, as tentativas de resgate têm sido frustradas pelas severas condições climáticas da região montanhosa. Segundo relatos da família, os socorristas conseguiram avançar apenas 250 metros em um dia inteiro de operação, sendo obrigados a recuar devido ao mau tempo. O salvamento foi novamente interrompido na segunda-feira (23/6), o que aumentou a angústia dos parentes, que denunciam lentidão, falta de planejamento e negligência por parte das autoridades locais.
Juliana está sozinha, sem comida, água ou agasalhos adequados, exposta ao frio e aos perigos da montanha. A família, que acompanha tudo pelas redes sociais e mantém contato com autoridades brasileiras, afirma que o Parque Nacional do Monte Rinjani permanece aberto ao público, com turistas circulando normalmente, mesmo com o incidente grave em andamento. O local é conhecido por suas trilhas desafiadoras e mudanças climáticas repentinas.
O primeiro contato com Juliana após o acidente foi feito no sábado (21/6), quando ela recebeu um pequeno suprimento de alimentos. Desde então, ela segue à espera de resgate em uma encosta íngreme, onde o acesso por helicópteros e drones é extremamente limitado.
A situação provocou comoção nas redes sociais e gerou manifestações públicas de apoio, inclusive da primeira-dama Janja Lula da Silva. Enquanto isso, a família segue em desespero, cobrando providências mais eficazes para salvar a jovem brasileira, que enfrenta um dos momentos mais críticos de sua vida em terras estrangeiras.