O ex-jogador de basquete Igor Cabral, de 29 anos, preso por agredir brutalmente sua então namorada com mais de 60 socos dentro de um elevador em Natal (RN), no último sábado (27/7), teve seu passado exposto por uma mulher trans nas redes sociais. A mulher publicou prints de conversas com o atleta e o acusou de hipocrisia, chamando-o de “monstro espancador de mulher” e afirmando que ele mantinha relações com ela enquanto se apresentava como um homem heterossexual conservador.
Nas postagens, a trans lamenta ter se envolvido com Igor, chamando-o de “lixo” e “triste ruim”. As imagens revelam conversas íntimas entre os dois, sugerindo que o ex-atleta levava uma vida dupla. As denúncias foram publicadas no Instagram, com legendas críticas ao comportamento violento e contraditório do agressor.
O caso de agressão foi registrado por câmeras de segurança do elevador do prédio onde o casal morava. As imagens mostram Igor desferindo dezenas de socos na vítima após uma discussão. A mulher ficou com o rosto desfigurado e ensanguentado. Um segurança do condomínio, ao presenciar a cena pelas câmeras, acionou a Polícia Militar, que prendeu o agressor ainda no local. Moradores também ajudaram a contê-lo.
A vítima foi levada ao Hospital Walfredo Gurgel e, segundo relatos, a briga teria começado por ciúmes. A Polícia Civil do Rio Grande do Norte informou que Igor responderá por tentativa de feminicídio. O caso gerou ampla repercussão nas redes sociais, especialmente após a divulgação do vídeo da agressão e das denúncias feitas pela mulher trans.
A situação reacendeu debates sobre violência contra a mulher, masculinidade tóxica e hipocrisia de figuras públicas. Igor Cabral, que já havia se afastado das quadras, agora enfrenta não apenas o julgamento da Justiça, mas também o da opinião pública.