Conor McGregor, lutador de MMA e ex-campeão do UFC, terá que pagar uma indenização de 250 mil euros (aproximadamente R$ 1,6 milhão) à irlandesa Nikita Hand, que o acusa de agressão sexual. A Corte de Apelação da Irlanda rejeitou, nesta quinta-feira (31/7), o recurso apresentado pela defesa do atleta, mantendo a sentença anterior.
O caso remonta à noite de 9 de dezembro de 2018, em Dublin, quando Hand e uma amiga foram levadas por McGregor a uma cobertura de hotel depois de uma festa. Segundo a denúncia, os três consumiram álcool e drogas, e em determinado momento, McGregor teria levado Hand a um quarto, onde a estuprou. No dia seguinte, exames médicos constataram ferimentos compatíveis com violência sexual.
Durante o julgamento, McGregor alegou que o ato foi consensual e negou ter causado qualquer lesão. Sua defesa tentou anular a decisão judicial anterior argumentando que o juiz teria instruído o júri de forma inadequada, ao usar o termo “agressão” em vez de “agressão sexual”. No entanto, o tribunal entendeu que ficou claro para os jurados que se tratava de uma acusação de estupro.
Após a decisão, Nikita Hand fez um pronunciamento emocionado à imprensa, incentivando outras vítimas de violência sexual a denunciarem. “A todos os sobreviventes, sei o quanto é difícil, mas, por favor, não se calem… Vocês merecem ser ouvidos, também merecem justiça. Hoje, finalmente posso tentar seguir em frente e começar a me curar”, declarou.
A condenação representa mais um episódio polêmico na carreira de McGregor, que já enfrentou outras acusações de conduta imprópria no passado. O caso também reacende o debate sobre a conduta de figuras públicas e a responsabilização por crimes sexuais, mesmo em contextos de grande notoriedade midiática.