A influenciadora digital Tainá Sousa foi presa pela Polícia Civil do Maranhão (PCMA) sob suspeita de liderar um esquema de promoção de jogos ilegais, especialmente o chamado “Jogo do Tigrinho”, e de ter elaborado uma suposta “lista de execução” com nomes de pessoas com quem teve desavenças. Entre os alvos da lista estariam o deputado estadual Yglesio Moisés, o delegado Pedro Adão — responsável pelas investigações — e os jornalistas Luís Cardoso (falecido em abril de 2025) e Domingos Costa.
Segundo as investigações, Tainá teria comemorado a morte de Luís Cardoso com a frase: “Um já foi, agora faltam os outros”, o que reforça a suspeita da existência da lista. A Diretoria de Comunicação da Assembleia Legislativa do Maranhão repudiou a menção ao nome do jornalista falecido e defendeu a liberdade de imprensa.
A prisão de Tainá ocorreu em 1º de agosto, após operação da Polícia Civil batizada de “Dinheiro Sujo”, coordenada pelo Departamento de Combate aos Crimes Tecnológicos (DCCT). A ação mirou o grupo liderado por ela e resultou em buscas e apreensões em seis endereços, sequestro de bens e bloqueio judicial de mais de R$ 11 milhões. Foram apreendidos veículos de luxo, uma moto aquática, celulares, computadores, uma arma de fogo, cadernos com anotações, bolsas de grife e dólares.
O grupo investigado utilizava redes sociais para atrair seguidores com promessas de lucros fáceis por meio de apostas em plataformas de jogos. A estrutura criminosa também envolvia uma advogada, suspeita de lavagem de dinheiro, e uma gerente responsável por coordenar grupos de WhatsApp para captar novos apostadores.
Após a prisão, o perfil de Tainá nas redes sociais, que contava com cerca de 127 mil seguidores, passou a aparecer como “não encontrado”. As autoridades seguem investigando o caso para identificar outros possíveis envolvidos. Os crimes apurados incluem contravenção penal, lavagem de dinheiro e organização criminosa.