A tenista ucraniana Elina Svitolina, ex-número 3 do ranking mundial da WTA, revelou ter sido alvo de ameaças e ofensas nas redes sociais após sua eliminação nas quartas de final do WTA 1000 de Montreal, onde foi derrotada pela japonesa Naomi Osaka. Segundo Svitolina, as mensagens incluíam ameaças de morte e, em alguns casos, estavam relacionadas à Guerra da Ucrânia.
A atleta usou seu perfil no Instagram para expor os ataques e responsabilizou apostadores pelas agressões virtuais, classificando o comportamento como “vergonhoso”. Em uma postagem, ela desabafou: “Para todos os apostadores: sou mãe antes de ser atleta. A forma como vocês falam com mulheres, com mães, é VERGONHOSA. Se suas mães vissem essas mensagens, ficariam enojadas”.
A WTA, entidade que organiza o circuito profissional de tênis feminino, ainda não se pronunciou sobre o caso. No entanto, episódios semelhantes têm se tornado frequentes. Em 2023, a francesa Caroline Garcia também denunciou ataques após sua eliminação no US Open, atribuindo o comportamento abusivo à influência negativa das apostas esportivas no ambiente do tênis. “As apostas doentias estão entre as principais razões pelas quais somos atacadas”, afirmou Garcia na ocasião.
O caso de Svitolina reacende o debate sobre a pressão enfrentada por atletas profissionais, especialmente mulheres, e os impactos das apostas esportivas no comportamento de torcedores. Além disso, destaca a urgência de medidas mais eficazes por parte das entidades esportivas e das redes sociais para combater o assédio virtual e proteger os atletas.
