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Rombo de R$ 1,6 bilhão em fundos do Credit Suisse atinge investidores e expõe falhas no mercado financeiro

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Uma operação da Polícia Federal e denúncias de investidores revelaram um escândalo bilionário envolvendo dois fundos estruturados pelo Credit Suisse — hoje incorporado ao UBS — que resultaram em prejuízo de R$ 1,6 bilhão a investidores. Os fundos, chamados Wave e Solar, foram lastreados em debêntures das empresas 2W Energia e Rio Alto Energias Renováveis, respectivamente, ambas posteriormente envolvidas em investigações por fraudes, lavagem de dinheiro e gestão temerária.

O banco atuou em conflito de interesses: recebeu bônus milionários das empresas para estruturar os fundos e, ao mesmo tempo, vendeu esses papéis a seus próprios clientes. A 2W pagou R$ 20 milhões e a Rio Alto, R$ 27,5 milhões ao banco. Os investidores afirmam que o Credit Suisse omitiu informações críticas sobre a situação financeira e os antecedentes dos sócios das empresas, como investigações da PF e condenações da CVM. A 2W, por exemplo, era liderada por Ricardo Delneri, denunciado por envolvimento em esquema de propinas na Cemig, e a Rio Alto tinha entre seus fundadores Sergio Reinas, investigado na Lava Jato.

Ambas as empresas entraram em recuperação judicial com dívidas que somam R$ 3,9 bilhões. O fundo Wave sozinho emitiu R$ 555 milhões em debêntures, enquanto o Solar lançou R$ 400 milhões. Com a deterioração das empresas, os papéis perderam até 97,7% do valor, gerando perdas milionárias aos investidores.

Além disso, Delneri e seus sócios foram acusados de tentar blindar seu patrimônio, transferindo imóveis de alto valor para familiares, o que levou à penhora judicial. A juíza responsável afirmou que houve tentativa deliberada de evitar a execução de dívidas.

O caso levanta questionamentos sobre a regulação do mercado financeiro no Brasil e a responsabilidade de instituições financeiras na proteção dos interesses de seus clientes. Investidores planejam acionar a Polícia Federal para denunciar os conflitos de interesse e supostos crimes financeiros cometidos pelo banco.

O UBS, atual controlador do Credit Suisse, não comentou o caso. A defesa de Delneri afirma que não houve irregularidades e que os recursos captados foram aplicados nos projetos de energia. A defesa de Reinas não foi localizada.

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