
Martin De Luca, advogado que representa tanto a Trump Media quanto a plataforma Rumble, protagonizou uma troca de acusações públicas com o deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara. A polêmica começou quando De Luca usou sua conta na rede social X (antigo Twitter) para relembrar uma investigação da Operação Lava Jato, na qual Farias teria sido acusado de receber R$ 4,5 milhões em propina. Em tom provocativo, o advogado questionou o desfecho do caso: “Uau – eu nem sabia que Lindbergh Farias recebeu R$ 4,5 milhões em propinas. O que aconteceu com o caso dele?”, escreveu.
Em seguida, De Luca criticou declarações recentes do parlamentar petista sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o advogado, as alegações de que Bolsonaro teria buscado asilo na Embaixada dos Estados Unidos e participado de uma conspiração internacional seriam exageradas e infundadas.
Lindbergh, por sua vez, respondeu de forma contundente. Ele sustentou que Bolsonaro realmente cogitou opções de refúgio fora do país e acusou De Luca de agir como um “lacaio”, acusando-o de colaborar na disseminação de desinformação no Brasil. O deputado também relembrou um episódio em que Bolsonaro teria recorrido a De Luca em busca de conselhos jurídicos, o que, segundo ele, demonstraria submissão política. “Olha quem está aqui pessoal: o advogado do Trump. O mesmo que Bolsonaro já consultou em áudio, como um verdadeiro vassalo político, implorando conselhos para escapar da Justiça brasileira”, afirmou.
Lindbergh ainda acusou Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, de ter contratado o advogado de Trump para atuar no Brasil, inclusive nos fins de semana, com o objetivo de propagar notícias falsas e defender interesses políticos.
A troca de farpas evidencia o acirramento das tensões entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes do Partido dos Trabalhadores, em um cenário político cada vez mais polarizado.