
Em meio a tensões crescentes com a Europa, o Ministério da Defesa da Rússia declarou nesta quarta-feira (10/9) que não tem intenção de atingir alvos em território polonês. A declaração surge após o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmar que drones russos violaram o espaço aéreo do país durante a madrugada, enquanto se dirigiam à Ucrânia.
++ Milhares já estão lucrando enquanto dormem — descubra o segredo da IA
Segundo o ministério russo, os ataques realizados tinham como alvo instalações do complexo militar-industrial ucraniano. Em comunicado oficial, a pasta afirmou que todos os alvos designados foram atingidos com sucesso, reiterando que não havia planos de atacar áreas na Polônia.
++ CEO que tomou boné de criança em jogo de tênis se pronuncia e causa mais revolta
Donald Tusk confirmou, por meio de sua conta no X (antigo Twitter), que as forças armadas polonesas abriram fogo contra os drones russos. Ele relatou ter recebido informações do Comandante Operacional das Forças Armadas sobre a queda dos equipamentos invasores, que poderiam representar uma ameaça ao país. O primeiro-ministro afirmou ainda manter contato constante com o presidente Karol Nawrocki e com o ministro da Defesa, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz.
O Ministério da Defesa da Rússia informou que os drones utilizados no ataque têm alcance máximo de 700 km, o que sugere que poderiam ter cruzado brevemente a fronteira com a Polônia. Na terça-feira (9/9), o Aeroporto Internacional de Varsóvia foi fechado por precaução, e aeronaves polonesas e da OTAN foram acionadas após relatos de drones sobrevoando a fronteira ucraniana.
A medida foi tomada após uma série de ataques aéreos russos contra cidades no oeste da Ucrânia. Em resposta às tensões, Moscou declarou estar disposta a dialogar com o Ministério da Defesa da Polônia para esclarecer os acontecimentos.
Em Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, declarou que a Europa protegerá seu território. Em discurso nas redes sociais, ela afirmou que a mensagem do presidente russo Vladimir Putin é clara, e que a resposta europeia também deve ser firme.
Von Der Leyen reforçou que a União Europeia defenderá cada centímetro de seu território e destacou a urgência de ações coordenadas entre os países-membros diante da escalada do conflito na região.