O Ministério das Relações Exteriores do Brasil optou por manter uma postura prudente frente às novas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor sanções ao país. A tensão surgiu após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenar Jair Bolsonaro por crimes contra a democracia, o que motivou a reação do governo norte-americano.
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De acordo com diplomatas brasileiros ouvidos sob anonimato, o Itamaraty não vê necessidade de emitir uma nova resposta neste momento, uma vez que já havia se pronunciado oficialmente no mesmo dia da decisão do STF. A nota reafirmava o compromisso do Brasil com a legalidade e a soberania nacional.
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Um dos embaixadores que compõem a liderança do Itamaraty destacou ainda que o artigo publicado pelo presidente Lula no jornal New York Times reforça a posição brasileira de buscar soluções negociadas em disputas comerciais. Esse gesto foi interpretado como uma tentativa de desarmar a retórica agressiva vinda de Washington.
A estratégia do governo brasileiro, portanto, é aguardar um posicionamento oficial do Departamento de Estado dos EUA antes de tomar qualquer nova medida. A ideia é evitar escalar o conflito diplomaticamente sem um motivo concreto e formal.
As ameaças de sanções foram reforçadas por declarações do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que afirmou que o país responderá “na próxima semana ou algo assim” à condenação de Bolsonaro. Rubio também criticou duramente o Judiciário brasileiro, dizendo que o Estado de Direito estaria em colapso.
Segundo Rubio, há juízes no Brasil que estariam ultrapassando limites, inclusive tentando aplicar medidas contra cidadãos norte-americanos por conteúdos publicados online nos EUA. Ele afirmou que essa conduta exigirá uma resposta firme por parte do governo Trump.
Diante desse cenário, o Itamaraty segue monitorando os desdobramentos e mantém o foco na diplomacia para evitar maiores desgastes entre os dois países.