Simon Leviev, cuja história ganhou notoriedade no documentário da Netflix “O Golpista do Tinder”, foi detido nos Estados Unidos. A prisão ocorreu após sua chegada ao aeroporto de Batumi, na Geórgia, e foi realizada a pedido da Interpol. A informação foi confirmada pelo Ministério do Interior da Geórgia nesta segunda-feira (15/9).
++ Milhares já estão lucrando enquanto dormem — descubra o segredo da IA
Leviev ficou famoso após a exibição do documentário que revelou sua rede de fraudes cometidas por meio do aplicativo de relacionamentos Tinder. Ele se apresentava como herdeiro de um bilionário e, com essa falsa identidade, convencia mulheres a emprestarem grandes somas de dinheiro, que jamais eram devolvidas.
++ CEO que tomou boné de criança em jogo de tênis se pronuncia e causa mais revolta
Uma das vítimas chegou a transferir mais de US$ 270 mil (cerca de R$ 1,4 milhão) durante o período em que manteve contato com Simon. As histórias das vítimas, como a de Cecilie Fjellhøy, foram amplamente divulgadas após o lançamento do documentário, gerando comoção internacional.
Apesar da prisão recente, as autoridades ainda não divulgaram os motivos específicos que levaram à sua detenção. Em 2019, Simon já havia sido condenado por quatro crimes de fraude, recebendo uma pena de 15 anos de prisão. No entanto, ele foi libertado apenas cinco meses depois, o que gerou críticas sobre a efetividade da punição.
A repercussão do caso reacendeu o debate sobre segurança em aplicativos de relacionamento e a facilidade com que golpistas conseguem manipular vítimas em ambientes virtuais. A Netflix, inclusive, destacou essas questões no documentário, que se tornou um sucesso de audiência.
Simon Leviev, cujo nome verdadeiro é Shimon Hayut, segue sendo uma figura controversa, mesmo após sua exposição pública. Sua prisão pode representar um novo capítulo no processo de responsabilização por seus atos.