
O Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) aplicou uma punição mais rígida ao zagueiro Paulo Vitor, conhecido como PV, do Nacional-PR, do que ao jogador que o ofendeu com injúria racial. PV foi suspenso por dez partidas após revidar com um soco e uma cusparada ao ser chamado de “macaco” pelo volante Diego, do Batel Guarapuava. Diego, por sua vez, recebeu punição de sete jogos e multa de R$ 2 mil.
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O episódio aconteceu em 4 de outubro, durante uma partida da Taça FPF, em Guarapuava. Conforme o relato do árbitro Diego Ruan Pacondes da Silva, a confusão teve início após uma disputa de escanteio. O zagueiro reagiu de forma agressiva após ouvir o insulto, o que levou à aplicação do protocolo antirracismo da Fifa, com o juiz interrompendo o jogo e cruzando os braços em “X”.
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Durante a partida, PV foi expulso, enquanto Diego permaneceu em campo até o fim, após receber atendimento médico. No julgamento do caso, o TJD-PR decidiu, por unanimidade, suspender Diego com base no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de atos discriminatórios. Já PV foi penalizado com quatro jogos pela agressão física e mais seis pela cusparada.
A defesa de Diego alegou que ele teria dito “malaco” e não “macaco”, mas o argumento foi descartado pelos membros do tribunal. O Batel, clube de Diego, foi inocentado da acusação de omissão, pois comprovou ter demitido o jogador imediatamente após o ocorrido e divulgado uma nota de repúdio ao ato.
O Nacional-PR, por sua vez, não concordou com a decisão e anunciou que irá recorrer. Em comunicado, o advogado do clube, Marlon Lima, afirmou que tomará todas as providências legais para buscar o que considera justo.


