Dois dias após a morte de Penélope, conhecida como Japinha do CV, veio à tona uma troca de mensagens dela com uma amiga durante a operação policial no Rio de Janeiro. A jovem, que atuava na linha de frente do Comando Vermelho, foi executada com um tiro de fuzil na cabeça durante confronto nas comunidades do Alemão e da Penha.
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Na conversa pelo WhatsApp, Penélope inicia com um “oi” e faz uma chamada de vídeo de cerca de três minutos. Logo depois, ela alerta: “Não vamos ficar aqui, não”. Questionada se a operação havia terminado, responde: “Não. Eles tão aqui em cima de nós. A bala tá comendo. Helicóptero tá aqui rodando”. A amiga, preocupada, pede que ela permaneça segura e pare com atitudes arriscadas.
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Penélope foi morta pouco tempo depois, durante a megaoperação que envolveu 2,5 mil agentes das forças de segurança. Ela era vista como uma figura de confiança dentro da facção, atuando na proteção de rotas de fuga e pontos estratégicos para o tráfico. Em imagens divulgadas antes da ação, ela aparece com roupas camufladas e armada com um fuzil.
Nas redes sociais, familiares pediram que fotos do corpo não fossem compartilhadas, alegando que a exposição tem causado sofrimento. Em publicações no X (antigo Twitter), alguns usuários lamentaram a morte, chamando-a de “inteligente” e “linda”. A irmã de Penélope também agradeceu o apoio recebido.
O corpo da jovem foi encontrado perto de um dos acessos principais da comunidade. Segundo relatos, ela teria reagido à abordagem policial, sendo então atingida fatalmente. No momento do confronto, usava colete tático e roupas militares, reforçando seu papel ativo na organização criminosa.
A operação, considerada a mais letal da história do estado, teve como objetivo conter a expansão do Comando Vermelho. A ação incluiu helicópteros, blindados e intensos tiroteios, especialmente nas áreas da Grota, Fazendinha e Vila Cruzeiro. Apesar da mobilização, parte dos criminosos conseguiu fugir por túneis e passagens escondidas, lembrando ações semelhantes vistas em 2010.


