DJ Carey, ex-jogador de hurling e cinco vezes campeão pela Irlanda, foi sentenciado a cinco anos e meio de prisão após confessar ter simulado um diagnóstico de câncer para enganar pessoas e arrecadar cerca de 400 mil euros — o equivalente a quase R$ 2,5 milhões. O golpe envolveu a criação de campanhas falsas de arrecadação, sob o pretexto de custear um suposto tratamento nos Estados Unidos.
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Aos 54 anos, Carey admitiu sua culpa em 10 acusações de fraude envolvendo 13 vítimas, entre elas o empresário Denis O’Brien, um dos mais ricos da Irlanda, que chegou a doar 125 mil euros e ainda ofereceu transporte e hospedagem. As fraudes aconteceram entre 2014 e 2022 e afetaram 22 pessoas no total.
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Durante o julgamento, foi revelado que o ex-atleta usava até mesmo um cabo de carregador de celular para simular um cateter, enganando as pessoas com imagens falsas de internação. A Justiça irlandesa destacou que Carey se aproveitou da generosidade das vítimas e da reputação conquistada ao longo da carreira esportiva.
O tribunal descobriu que Carey dizia estar realizando tratamento em Seattle, nos Estados Unidos, mas investigações mostraram que o hospital citado nunca teve qualquer registro dele como paciente ou diagnosticado com câncer. Em depoimento, ele admitiu ter inventado a história para adiar cobranças de uma dívida com o Allied Irish Banks.
A defesa alegou que Carey enfrentava dificuldades financeiras após o colapso de sua empresa e que sua conduta foi motivada por desespero. Ainda assim, o juiz afirmou que as vítimas foram pessoas bem-intencionadas, enganadas por alguém em quem confiavam.
Carey teve uma trajetória de destaque no esporte, integrando a equipe de hurling do Kilkenny, da Associação Atlética Gaélica (GAA). Ele se aposentou em 2006, após conquistar cinco títulos All-Ireland e nove prêmios All-Star.
A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado, sem possibilidade imediata de liberdade condicional, conforme decisão do Tribunal Criminal do Circuito de Dublin.


