Consumo excessivo de chás pode comprometer a saúde do fígado, alerta especialista. (Foto: Instagram)
Apesar de serem frequentemente consumidos sem preocupações por serem considerados naturais, os chás podem representar riscos à saúde do fígado. A hepatologista Monica Viana, de São Paulo, explicou que certas infusões contêm substâncias capazes de provocar danos ao órgão, inclusive desencadeando hepatite ou lesão hepática induzida por ervas, conhecida internacionalmente pela sigla Hili (Herbal Induced Liver Injury).
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Segundo a especialista, todos os tipos de chá têm potencial para causar esse tipo de lesão, dependendo da quantidade consumida e da sensibilidade individual. Ela enfatiza que o fígado, por ser o responsável por metabolizar substâncias ingeridas, pode sofrer com compostos presentes em algumas ervas, que provocam inflamações ou até tromboses hepáticas.
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Monica Viana recomenda cautela principalmente com o consumo diário de infusões. Entre as opções mais seguras, ela cita os chás de erva-doce e melissa, mas destaca que mesmo esses devem ser limitados a uma xícara por dia. A médica também orienta sobre sinais de alerta que indicam possíveis problemas hepáticos causados por chás.
Sintomas como enjoo persistente, alteração na cor ou consistência das fezes, além de pele e olhos amarelados, podem ser indícios de que o fígado está sendo afetado. Em alguns casos, o cansaço pode surgir como reflexo do uso contínuo dessas bebidas, especialmente se consumidas em excesso.
A hepatologista reforça que a ingestão de qualquer substância, mesmo natural, deve considerar os impactos no metabolismo hepático. O fígado é um dos órgãos mais sensíveis ao que ingerimos, e a automedicação com chás pode ser tão prejudicial quanto o uso inadequado de remédios.
Por fim, ela orienta que qualquer alteração no bem-estar após o consumo de infusões deve ser investigada, e recomenda buscar orientação médica antes de adotar o hábito de tomar chás regularmente.
