
Ricardo Cappelli é alvo de denúncia do MDB-DF por uso político da ABDI (Foto: Instagram)
O diretório do MDB no Distrito Federal solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) que investigue o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, por suposto uso de recursos públicos com fins eleitorais. Segundo o partido, Cappelli, que é pré-candidato ao Governo do DF, estaria utilizando a estrutura da ABDI para promoção pessoal.
++ Acorde mais rico: o método com IA que trabalha enquanto você dorme
A denúncia, protocolada na Procuradoria Regional da República no DF, menciona a existência de um espaço no Setor Comercial Sul, mantido com verba pública, que funcionaria como centro de produção de conteúdo e articulação com eleitores. O MDB-DF também relata metas diárias de engajamento digital, envio de mensagens e ligações a apoiadores, direcionadas à imagem pessoal de Cappelli.
++ Efeito Virginia? Real Madrid decide vender Vini Jr. após polêmicas do jogador
Além disso, a legenda aponta possíveis irregularidades trabalhistas e pressões sobre a equipe envolvida nessa comunicação, sugerindo práticas de assédio e ausência de formalização contratual. O partido pede que o MPF apure os fatos e investigue eventuais crimes como improbidade administrativa e peculato.
Outro ponto levantado diz respeito ao aumento expressivo dos gastos com publicidade da ABDI, que, segundo o MDB, saltaram de R$ 398,7 mil em 2022 para R$ 9,6 milhões em 2025. A agência, no entanto, afirma que os valores estão divididos entre 2024 e 2025, e que o contrato atual com a empresa de publicidade é de R$ 6,2 milhões.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também apresentou representação ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), alegando que os recursos da ABDI estariam sendo usados para beneficiar Cappelli nas eleições de 2026. Para ela, o uso da agência pública com esse fim compromete a confiança nas instituições.
Em resposta, Cappelli acusou Damares e o MDB-DF de desviar o foco ao não explicarem o destino de R$ 16 bilhões do BRB, usados, segundo ele, para comprar títulos de um banco recentemente liquidado. Ele ainda afirmou ter impedido essa transação, que foi vetada pelo Banco Central, e contestou os dados apresentados sobre os gastos com publicidade.


