
Trabalho remoto ainda persiste no Brasil, apesar da queda pós-pandemia. (Foto: Instagram)
Em 2024, o número de trabalhadores atuando em home office no Brasil caiu em relação a 2022, mas ainda se mantém acima dos níveis registrados antes da pandemia de Covid-19. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do IBGE, cerca de 6,6 milhões de brasileiros — o equivalente a 7,9% dos 82,9 milhões de ocupados — realizam suas atividades profissionais a partir de casa.
++
Acorde mais rico: o método com IA que trabalha enquanto você dorme
O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (19/11), mostra uma queda em comparação ao pico de 2022, quando o percentual chegou a 8,4%. O recuo indica uma inflexão na tendência de crescimento acelerado do home office, impulsionado pela pandemia.
++
Efeito Virginia? Real Madrid decide vender Vini Jr. após polêmicas do jogador
William Kratochwill, analista do IBGE, destaca que o atual patamar ainda é superior ao de 2019, quando apenas 5,8% da força de trabalho atuava remotamente. Em 2012, o índice era ainda menor: 3,6%. Segundo ele, a maior parte dos trabalhadores em home office em 2024 é composta por mulheres — elas representam 61,6% desse grupo. Enquanto 13% das mulheres estavam em regime remoto, apenas 4,9% dos homens trabalhavam de casa.
Kratochwill ressalta que trabalhar no domicílio não significa obrigatoriamente estar em casa, já que muitos profissionais usam espaços compartilhados, como coworkings, o que amplia o conceito tradicional de home office.
A leve retração no teletrabalho gerou reações em algumas empresas. O Nubank, por exemplo, iniciou um retorno gradual ao modelo presencial, o que levou à demissão de funcionários que se opuseram à mudança. Já empregados da Petrobras realizaram paralisações em protesto contra a redução do trabalho remoto.
Apesar da queda, o IBGE aponta que o home office se consolidou como uma alternativa viável e duradoura. O desafio atual das empresas é adaptar-se a um modelo híbrido, equilibrando produtividade e flexibilidade, enquanto os trabalhadores buscam estabilidade nesse novo formato de atuação.


