
Consumo excessivo de chás naturais pode afetar o fígado (Foto: Instagram)
Apesar de serem naturais por se originarem de frutas e plantas, os chás nem sempre são inofensivos. Muitas pessoas os consomem sem preocupações, acreditando que, por não conterem ingredientes sintéticos, não apresentam riscos à saúde. No entanto, a hepatologista Patrícia Almeida, doutora pela USP, destaca que algumas infusões podem representar um perigo ao fígado.
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Um exemplo citado pela médica é o chá de cavalinha, frequentemente usado por suas propriedades diuréticas. Segundo Patrícia, essa bebida possui um “potencial hepatotóxico”, ou seja, pode prejudicar o fígado, especialmente quando ingerida de forma contínua. O uso prolongado pode levar a inflamações e danos hepáticos, o que se agrava em pessoas que fazem uso de outros medicamentos.
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A especialista ressalta que o fato de uma substância ser natural não a torna automaticamente segura. Os compostos ativos presentes nas plantas também precisam ser metabolizados pelo fígado, que não distingue entre substâncias naturais ou sintéticas. Isso pode sobrecarregar o órgão, levando a possíveis danos.
Patrícia, que também atua no Hospital Albert Einstein, compara o fígado a um “laboratório químico do corpo”. Ela explica que substâncias como as encontradas no chá de cavalinha exigem um esforço extra do órgão para serem processadas. Durante esse metabolismo, podem ser liberados subprodutos tóxicos que afetam diretamente as células hepáticas.
O uso excessivo e sem orientação médica de chás pode provocar aumento das enzimas hepáticas no sangue, inflamações e, em casos mais graves, fibrose e até falência do fígado. A médica alerta que esse tipo de sobrecarga costuma ser silenciosa e se acumula com o tempo, tornando-se perigosa.
Por isso, é fundamental ter cautela ao consumir infusões, mesmo as consideradas naturais. O ideal é sempre buscar orientação profissional antes de incluir qualquer chá na rotina, especialmente se houver uso concomitante de medicamentos ou histórico de problemas hepáticos.


