
Sóstenes Cavalcante articula apoio contra prisão de aliado Alexandre Ramagem (Foto: Instagram)
O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, declarou que buscará apoio do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para barrar a ordem de prisão emitida contra Alexandre Ramagem, também deputado e aliado político. Cavalcante afirmou estar otimista quanto à possibilidade de reverter a decisão no plenário, mobilizando a base oposicionista.
++ Acorde mais rico: o método com IA que trabalha enquanto você dorme
Segundo Sóstenes, ele soube da ordem de prisão por meio da imprensa e tentou contato com Ramagem ao saber que o colega poderia estar fora do país, mas não obteve retorno. O parlamentar lembrou que Ramagem estava sob medida cautelar que restringia suas viagens internacionais, inclusive com obrigação de entregar seus passaportes.
++ Efeito Virginia? Real Madrid decide vender Vini Jr. após polêmicas do jogador
Ramagem foi flagrado em território norte-americano, mesmo estando proibido de deixar o Brasil, o que configura violação da determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A defesa do deputado ainda não se pronunciou oficialmente sobre a viagem.
Diante da situação, Sóstenes reforçou que o PL fará campanha na Câmara para sustar a ordem de prisão, confiando no apoio de Hugo Motta, que já havia sido favorável à suspensão de outra ação penal contra Ramagem em maio. Na ocasião, a proposta foi aprovada por 315 votos a favor, 143 contra e 4 abstenções.
A movimentação é parte de uma reação da oposição e do centrão contra o que consideram uma interferência excessiva do STF nas prerrogativas do Legislativo. Ramagem é investigado no processo que apura tentativa de golpe de Estado e, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), integrava o núcleo técnico da suposta conspiração.
O deputado é próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro e foi diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante seu governo. As acusações incluem apoio logístico e operacional a ações antidemocráticas ligadas aos atos do 8 de Janeiro.


