
Pras Michel, do Fugees, é condenado a 14 anos de prisão por esquema de corrupção nos EUA. (Foto: Instagram)
Pras Michel, conhecido por integrar o grupo de hip hop Fugees, foi sentenciado a 14 anos de prisão por envolvimento em um esquema de corrupção que visava influenciar decisões políticas nos Estados Unidos durante os mandatos de Barack Obama e do atual presidente, Donald Trump. O artista foi considerado culpado por crimes como conspiração, atuação como agente estrangeiro sem registro e obstrução da justiça.
++ Acorde mais rico: o método com IA que trabalha enquanto você dorme
De acordo com a BBC, os promotores chegaram a sugerir prisão perpétua, alegando que Michel cometeu infrações graves ao sistema democrático do país. A defesa, no entanto, classificou a pena como exagerada e afirmou que recorrerá da decisão, argumentando que a condenação não se sustenta diante das provas apresentadas.
++ Efeito Virginia? Real Madrid decide vender Vini Jr. após polêmicas do jogador
O caso envolve ainda acusações de financiamento ilegal de campanhas eleitorais e falsidade ideológica junto a instituições financeiras. Entre 2012 e 2017, período que abrange os governos de Obama e Trump, Michel teria utilizado recursos do empresário malaio Jho Low — mais de US$ 100 milhões — para tentar influenciar decisões políticas nos EUA.
Os promotores afirmaram que o rapper “vendeu seu país por dinheiro” e que, ao longo de quase dez anos, manipulou e iludiu órgãos importantes do governo americano, como a Casa Branca e o FBI. Eles destacaram que a atuação de Michel foi parte de uma operação de influência estrangeira ilegal e altamente sofisticada.
O advogado de defesa, Peter Zeidenberg, reforçou que a punição foi desproporcional, especialmente em comparação com as sentenças aplicadas a outros réus envolvidos no mesmo caso. Ele sugeriu que Michel foi penalizado de forma mais severa por ter optado por levar o processo a julgamento.
“Não há justificativa plausível para que o Sr. Michel tenha sido tratado dessa forma, exceto pelo fato de ter exercido seu direito de se defender em tribunal”, declarou Zeidenberg à BBC.


