
Jair Bolsonaro após divulgação de relatório médico sobre episódio de confusão mental. (Foto: Instagram)
Um relatório médico divulgado neste domingo (23/11) revelou que Jair Bolsonaro apresentou um episódio de confusão mental e alucinações na noite de sexta-feira (21/11). De acordo com os profissionais de saúde que o acompanham, o quadro foi provocado pelo uso do medicamento Pregabalina, prescrito por outra médica sem o aval da equipe responsável pelo ex-presidente.
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O documento informa que a medicação foi imediatamente suspensa e, até o momento, Bolsonaro não apresenta sintomas residuais. A Pregabalina teria interagido de forma adversa com outros remédios já utilizados por ele para tratar crises de soluço, como Clorpromazina e Gabapentina.
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Os médicos destacam que a interação entre esses medicamentos pode causar efeitos colaterais sérios, como alterações no estado mental, desorientação, falta de coordenação, sedação, distúrbios de equilíbrio, alucinações e prejuízos cognitivos. Na noite de sábado (22/11), contudo, Bolsonaro não teve novos episódios e seu estado clínico é considerado estável.
O relatório médico será usado pela defesa do ex-presidente como argumento para solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele cumpra prisão domiciliar por razões de saúde. A equipe jurídica pretende justificar a necessidade de cuidados médicos constantes, devido às condições clínicas de Bolsonaro.
No sábado (22/11), o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva de Bolsonaro, alegando risco de fuga e violação da tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada após investigações da Polícia Federal.
O cirurgião-geral Cláudio Birolini e o cardiologista Leandro Echenique, responsáveis pelo laudo, afirmam que Bolsonaro possui diversas comorbidades e faz uso contínuo de múltiplos medicamentos, resultado de internações e cirurgias realizadas desde 2018.


