Raúl Rocha Cantú, empresário mexicano e atual proprietário do concurso Miss Universo, está no centro de uma investigação conduzida pelo Ministério Público Federal do México (FGR). Segundo o jornal Reforma, Cantú é apontado como líder de uma organização criminosa internacional envolvida em tráfico de drogas, contrabando de armas e combustível.
As investigações indicam que o grupo comandado por Cantú operava uma sofisticada rede de contrabando de combustível, utilizando rotas fluviais entre o México e a Guatemala. A operação teria alcance internacional e envolveria também o tráfico de armas e entorpecentes.
A situação legal do empresário se agravou em 26 de novembro, quando ele se apresentou voluntariamente à FGR e teria firmado um acordo de delação premiada. Em nota oficial, o Ministério Público confirmou que está colhendo informações cruciais para aprofundar o caso. No entanto, esclareceu que detalhes sobre a condição jurídica de Cantú só serão divulgados após a confirmação das provas apresentadas.
A investigação já resultou na emissão de 13 mandados de prisão contra suspeitos ligados à organização, incluindo servidores públicos e membros das forças policiais.
Paralelamente ao escândalo criminal, o concurso Miss Universo também enfrenta polêmicas. A mexicana Fátima Bosch, recém-coroada vencedora da edição mais recente, teve sua vitória contestada por jurados e outras candidatas. A ex-Miss Canadá e jurada do evento, Natalie Glebova, levantou dúvidas sobre a legitimidade do resultado, alimentando suspeitas de fraude na competição.


