O Irã decidiu boicotar o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2026, que será realizado em 5 de dezembro, em Washington, Estados Unidos. A decisão foi tomada após o governo norte-americano negar vistos a membros da delegação iraniana, incluindo o presidente da Federação de Futebol do Irã, Mehdi Taj.
Segundo Taj, a recusa dos vistos tem motivação política e contraria os princípios do esporte. Ele comunicou o ocorrido ao presidente da FIFA, Gianni Infantino, e exigiu uma posição firme da entidade diante do que classificou como “uma atitude puramente política”. O dirigente também reforçou que a medida dos EUA não condiz com o espírito esportivo que deve prevalecer em eventos como a Copa do Mundo.
As relações diplomáticas entre Irã e Estados Unidos estão rompidas há mais de 40 anos, e tensões recentes, como ataques americanos a instalações nucleares iranianas em junho, agravaram ainda mais o cenário. Agora, o conflito político entre os dois países impacta diretamente o futebol, às vésperas do maior torneio esportivo do mundo.
O boicote iraniano levanta preocupações sobre a politização do esporte e a capacidade de garantir a participação de todas as seleções classificadas em eventos internacionais, independentemente de disputas geopolíticas. A FIFA ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.


