A televisão, por décadas, foi o principal destino profissional para atores e atrizes no Brasil, oferecendo os melhores salários e estabilidade. No entanto, esse cenário mudou. Atualmente, muitos artistas do chamado “primeiro time” preferem contratos por obra, que oferecem maior liberdade de escolha e autonomia criativa.
Essa nova realidade permite que atores escolham projetos que melhor se alinham com seus interesses e agendas, deixando de lado a obrigatoriedade de participar de novelas ou manter contratos fixos com emissoras. Entre os nomes que adotaram esse modelo estão Isis Valverde, Juliana Paes, Marina Ruy Barbosa, Wagner Moura, Reynaldo Gianecchini, Rodrigo Santoro, Selton Mello, Antônio Fagundes e Gabriel Leone, entre outros.
O contrato por obra proporciona flexibilidade, permitindo que os artistas avaliem se o projeto vale a pena em termos de tempo de dedicação e retorno artístico. Além disso, possibilita explorar diferentes formatos, como filmes, séries e produções internacionais, ampliando horizontes e evitando a rotina exaustiva das gravações diárias de novelas.
Embora não descartem completamente o retorno à televisão tradicional, esses profissionais passaram a considerar outros fatores além da proposta financeira, como a qualidade do roteiro, a equipe envolvida e a possibilidade de exercer maior controle sobre suas carreiras.
Esse movimento reflete uma transformação maior no mercado audiovisual brasileiro, impulsionada também pelo crescimento das plataformas de streaming e pela valorização de produções mais curtas e autorais. A mudança de paradigma indica que, mais do que estabilidade, os artistas buscam realização pessoal e profissional, com liberdade para escolher os rumos de suas trajetórias.
