O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi agraciado nesta sexta-feira (5/12) com o primeiro Prêmio da Paz da Fifa. A entrega ocorreu em Washington, durante o sorteio da Copa do Mundo de 2026. Segundo a entidade, o prêmio foi criado para homenagear pessoas que “unem as pessoas” — e Trump foi o primeiro contemplado.
A premiação veio poucos meses após Gianni Infantino, presidente da Fifa, sugerir que Trump deveria ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Infantino elogiou publicamente o papel do presidente americano em negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, sua atuação em conflitos como a guerra na Ucrânia e sua mediação em crises na República Democrática do Congo.
Durante um evento em Miami, Infantino chamou Trump de “amigo próximo” e pediu respeito ao resultado das eleições americanas de 2024. Ele também destacou a “energia incrível” do presidente e sua franqueza ao expressar opiniões que, segundo ele, muitos compartilham, mas não têm coragem de dizer.
O sorteio da Copa, inicialmente previsto para Las Vegas, foi transferido para o Kennedy Center, em Washington — instituição presidida por Trump desde fevereiro. A mudança reforçou a visibilidade do presidente no evento.
No entanto, a criação do Prêmio da Paz gerou controvérsias internas na Fifa. De acordo com o portal The Athletic, do New York Times, a iniciativa foi anunciada de forma repentina, sem passar pela avaliação do Conselho da Fifa, composto por 37 membros. Muitos dirigentes souberam da novidade pela imprensa, e não houve clareza sobre os critérios de escolha.
A escolha da data também chamou atenção: no mesmo dia da premiação, Infantino e Trump participaram juntos de um evento em Miami. Semanas depois, o presidente da Fifa esteve presente em um jantar promovido por Trump, com convidados como o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, o empresário Elon Musk, executivos de tecnologia e criptomoedas, apresentadores da Fox News e o jogador Cristiano Ronaldo.


