O capítulo desta quinta-feira (11) da novela “Três Graças” trouxe um dos momentos mais aguardados e intensos da trama: o primeiro encontro entre Joélly (Alana Cabral) e seu pai, Jorginho (Juliano Cazarré), após quase duas décadas de ausência. A cena, marcada por silêncio e tensão, apresenta um diálogo cru e sem alívio entre pai e filha, revelando feridas profundas causadas pelo passado.
Joélly, que cresceu sem saber a identidade do pai, finalmente confronta Jorginho. Ela revela que tanto a mãe, Gerluce (Sophie Charlotte), quanto a avó, Lígia (Dira Paes), sempre evitaram o assunto. Ao contrário do que ele imaginava, Gerluce nunca o difamou — apenas silenciou. Essa revelação impacta Jorginho, que ouve pela primeira vez, de forma direta, o efeito devastador de suas ações.
Jorginho então assume sua culpa. Conta que se envolveu com Gerluce quando era um chefão do tráfico, dominado pela necessidade de controle. Ele admite ter tratado a jovem como um objeto, alguém que poderia manipular e destruir. Sem pedir desculpas, ele assume a responsabilidade por suas atitudes, revelando que perseguiu Gerluce a ponto de obrigá-la a fugir com a filha. Sua obsessão o levou à ruína: perdeu tudo, entrou em guerra com rivais e acabou preso por oito anos.
O motivo de sua reaparição é ainda mais doloroso: Jorginho está em liberdade condicional por causa de uma doença incurável. Ele deseja, antes de morrer, reencontrar Gerluce e conhecer a filha que nunca acompanhou.
Apesar da carga emocional do momento, a novela evita um desfecho conciliatório. Joélly, firme, diz que entende por que a mãe o manteve distante e reafirma que Gerluce está certa em não querer contato com ele. Sem escândalos ou lágrimas, ela encerra a conversa com dignidade e firmeza, deixando claro que não há espaço para reconstruções fáceis.
No fim, Jorginho desaba, mas Joélly se levanta e chama a mãe, encerrando o capítulo com a força de quem escolhe a verdade e a proteção emocional acima de qualquer laço biológico.


