O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou neste sábado (13/12) a realização de uma ultrassonografia no ex-presidente Jair Bolsonaro. O exame, solicitado pela defesa do político, será feito nas instalações da Superintendência da Polícia Federal, onde Bolsonaro cumpre pena desde 22 de novembro por tentativa de golpe de Estado.
A solicitação tem como objetivo atualizar os dados médicos do ex-presidente e confirmar o diagnóstico de hérnia inguinal bilateral. A defesa argumenta que o procedimento é necessário diante do agravamento do quadro clínico, incluindo dores intensas na região inguinal e crises de soluços que aumentam a pressão abdominal. Tais sintomas, segundo os advogados, têm causado episódios de falta de ar e até desmaios, o que configura risco de “descompensação súbita”.
O médico indicado para realizar o exame é Bruno Luís Barbosa Cherulli, e a defesa destacou que a ultrassonografia é um exame rápido, não invasivo e que não exige estrutura hospitalar complexa. A equipe jurídica corre contra o tempo para viabilizar uma nova cirurgia, recomendada por médicos particulares do ex-presidente.
Enquanto isso, a família de Bolsonaro tem se manifestado publicamente sobre a situação. Carlos Bolsonaro, vereador e filho do ex-presidente, divulgou vídeos do pai detido e criticou as condições do cárcere, classificando o cenário como “terrível”.


