Henay Rosa Gonçalves Amorim morreu após ser agredida pelo companheiro, Alison de Araújo Mesquita, que tentou encobrir o crime simulando um acidente de trânsito em Itaúna (MG). O caso ocorreu na manhã de domingo, 14 de setembro, quando o carro conduzido por Alison colidiu com um micro-ônibus na contramão da MG-050. Inicialmente tratado como acidente, o episódio passou a ser investigado como feminicídio após a divulgação de imagens de câmeras de segurança de um pedágio.
As gravações mostram Henay desacordada no banco do motorista, enquanto Alison, sentado no banco do passageiro, esticava-se para pagar a tarifa e conduzia o veículo de forma improvisada. Ao ser alertado pela atendente sobre o estado da mulher e orientado a parar o carro, ele ignorou o conselho e seguiu viagem. Cerca de 10 minutos depois, ocorreu a colisão fatal.
Durante o velório de Henay, em Divinópolis (MG), Alison foi preso e confessou ter agredido a companheira dentro do carro, mas negou que ela estivesse morta antes do impacto. Ele relatou que os dois discutiram em uma festa na noite anterior e que as agressões incluíram pancadas na cabeça da vítima contra o interior do veículo e estrangulamento.
O laudo do médico-legista Rodolfo Ribeiro confirmou a presença de lesões compatíveis com múltiplos impactos cranianos e sinais de asfixia por constrição manual. A Polícia Civil também investiga o histórico de violência doméstica do casal e analisa imagens das câmeras do apartamento de Alison, em Belo Horizonte, para verificar se as agressões começaram antes da viagem.
O caso gerou grande repercussão e é mais um exemplo alarmante de feminicídio no país. A investigação segue em andamento com a coleta de provas e exames periciais adicionais.


