O ano de 2025 foi marcado por reviravoltas inesperadas em conflitos e debates globais, com destaque para avanços frágeis, porém simbólicos, em crises prolongadas. No Oriente Médio, Israel e Hamas anunciaram um cessar-fogo em outubro, após mais de um ano de combates intensos. A trégua, mediada pelos EUA, incluiu troca de reféns e prisioneiros e foi vista como o início de um plano de paz em fases. No entanto, em dezembro, o acordo permanece instável, com acusações mútuas de violações e sem progresso na segunda etapa, que previa desarmamento do Hamas e retirada israelense de Gaza.
Na Ucrânia, 2025 trouxe um novo fôlego às negociações de paz. A Alemanha sediou rodadas diplomáticas com EUA e Ucrânia, e a União Europeia cogita usar ativos russos congelados para financiar apoio a Kiev. Apesar disso, a Rússia resiste a termos que não atendem suas exigências, mantendo o impasse.
Outro foco de mudança foi o Líbano, onde França, EUA e Arábia Saudita pressionam por um plano de desarmamento do Hezbollah. A iniciativa visa consolidar o cessar-fogo negociado em 2024, mas enfrenta resistência do grupo xiita, que condiciona o desarmamento à retirada israelense de áreas contestadas.
Nos EUA, a política interna ganhou destaque internacional. A gestão Trump intensificou o uso de cultura pop para promover agendas conservadoras, gerando controvérsias sobre liberdade de expressão. Investigações contra grupos de esquerda e o uso não autorizado de músicas por agências governamentais provocaram críticas de artistas e defensores de direitos civis.
No campo social, a Austrália se tornou o primeiro país a proibir o uso de redes sociais por menores de 16 anos, alegando riscos à saúde mental. A medida inspirou iniciativas semelhantes em países como Brasil e EUA. No Brasil, uma nova lei restringe o uso de celulares em escolas, enquanto estados americanos impõem limites de tempo e exigem verificação de idade. O debate sobre o impacto digital em adolescentes ganhou força, impulsionado por séries como “Adolescência”, da Netflix, que abordam temas como misoginia e radicalização online.
Apesar das incertezas, 2025 redesenhou estratégias e prioridades globais, revelando um mundo em busca de soluções, mesmo que parciais.







