O técnico Abel Braga, de 73 anos, se pronunciou após ser acusado de homofobia durante sua apresentação no retorno ao comando do Internacional. A polêmica surgiu após uma declaração feita por ele no domingo (30/11), na qual afirmou que “camisa rosa parece time de veado”, ao comentar uma brincadeira no vestiário. A fala gerou forte repercussão, especialmente após a derrota do time gaúcho por 3 a 0 para o São Paulo, na quarta-feira (3/12), pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Em entrevista coletiva, Abel tentou justificar a declaração, relacionando o episódio à dor pessoal pela perda de seu filho João Pedro, que morreu em 2017. “Quem perde um filho não é homofóbico”, disse o técnico, que também afirmou já ter pedido desculpas e reconheceu que foi imprudente ao fazer a brincadeira em público.
O treinador ainda relembrou que a fala foi inspirada em um momento do passado, durante uma de suas oito passagens pelo clube, quando fez o mesmo comentário em tom de brincadeira ao então jogador D’Alessandro, hoje diretor esportivo do Inter. Curiosamente, no dia seguinte à polêmica, Abel foi registrado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF utilizando uma camisa rosa — a mesma cor criticada na declaração.
Na coletiva, Abel também comentou a situação crítica do Internacional no campeonato. A equipe ocupa a 18ª posição com 41 pontos e corre sério risco de rebaixamento. Para evitar a queda, o Colorado precisa vencer o RB Bragantino na última rodada e torcer por uma combinação de resultados favoráveis. O técnico classificou a atuação contra o São Paulo como “feia” e apelou para a honra do clube e de sua torcida na reta final da competição.


