O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL/AM) fez duras críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao portal LeoDias. Ele apontou contradições entre o discurso internacional do governo e a prática interna, especialmente no que diz respeito à segurança pública e ao combate ao crime organizado.
Alberto Neto condenou o veto presidencial ao projeto do cordão de girassóis e afirmou que o governo falha em apoiar as forças de segurança. Segundo ele, o Executivo perdeu a oportunidade de classificar facções como o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas, apesar de pedidos dos Estados Unidos. O parlamentar destacou o uso de armamento pesado e drones por criminosos, o que, em sua visão, caracteriza atos de terrorismo.
O deputado também criticou o que considera abandono de estruturas de combate ao tráfico, como a Base Anzol, no Amazonas, e acusou o governo de priorizar gastos com propaganda em redes sociais em detrimento de investimentos em segurança pública. Ele afirmou que policiais estão sem apoio e que há um recuo das forças de segurança diante da escalada do crime.
Em relação à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, Alberto Neto classificou a detenção como perseguição política e comparou o processo judicial a regimes autoritários, como a Inquisição e a Alemanha nazista. Ele também atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de atuar politicamente em favor do governo Lula e de instaurar uma “ditadura da Toga”.
O parlamentar defendeu uma agenda robusta para a segurança pública, com aumento de investimentos, endurecimento das penas e revisão do Código Penal, além de uma política penitenciária mais eficaz.
O portal LeoDias informou que procurou a assessoria do Palácio do Planalto para comentar as declarações, mas ainda não obteve resposta.


