O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL/AM) criticou duramente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o veto integral ao projeto de lei que previa a distribuição gratuita do cordão de girassóis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O item é reconhecido internacionalmente como símbolo de identificação de pessoas com deficiências ocultas, como autismo, TDAH e surdez não aparente.
Em entrevista ao portal LeoDias, o parlamentar classificou o veto como “cruel” e “insensível”, argumentando que o Congresso precisa reagir e derrubar a decisão. Segundo ele, a justificativa do governo federal — de que a proposta geraria despesa obrigatória sem previsão orçamentária — é frágil e contraditória diante do que chamou de “prioridades equivocadas” da atual gestão, como altos gastos com comunicação e estrutura estatal.
Alberto Neto, autor da lei que tornou o cordão de girassóis um símbolo nacional das deficiências ocultas, afirmou que o objetivo do novo projeto era permitir que pessoas em situação de vulnerabilidade tivessem acesso gratuito ao item. Ele enfatizou que o custo é baixo e que a medida traria inclusão e visibilidade a milhões de brasileiros com deficiências não aparentes.
O parlamentar também criticou outras ações do governo, como o ajuste no Benefício de Prestação Continuada (BPC), que, segundo ele, dificultou o acesso de famílias com deficiência ao auxílio. Para ele, o veto presidencial aprofunda a exclusão social dessas pessoas e ignora experiências internacionais bem-sucedidas, como no Reino Unido e no Peru, onde o cordão já é amplamente utilizado.
Alberto Neto demonstrou confiança na possível derrubada do veto pelo Congresso, embora não tenha garantido que haja votos suficientes. A decisão ainda será reavaliada pelos parlamentares, que poderão restaurar o projeto aprovado anteriormente.


