O Crematório e Cemitério da Penitência, no Rio de Janeiro, entregou nesta quarta-feira (10/12) um diamante memorial feito a partir das cinzas da cantora Preta Gil. A joia foi produzida em laboratório, sintetizando o carbono presente nas cinzas da artista em um cristal, como forma de eternizar sua memória. A iniciativa atende a um desejo manifestado por Preta ainda em vida.
Parte das cinzas foi transformada em diamantes distribuídos a familiares e amigos próximos, enquanto outra porção permanece no columbário do cemitério, ao lado de um busto realista da cantora, que se tornou um ponto permanente de homenagem e visitação. A prática de criar diamantes a partir de restos mortais tem ganhado espaço no Brasil como uma alternativa simbólica e afetiva para lidar com o luto.
Preta Gil faleceu em 20 de julho deste ano, aos 50 anos, em Nova Iorque, após uma luta de cerca de dois anos contra um câncer no intestino. Diagnosticada com câncer colorretal em 2023, ela passou por diversas etapas de tratamento, incluindo cirurgias e quimioterapia. Apesar de períodos de melhora, o quadro se agravou, levando à sua morte.
O velório ocorreu em 25 de julho no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, local escolhido por Preta para sua despedida. O evento foi marcado pela presença de fãs, amigos e familiares, muitos vestidos de branco, em respeito à fé da cantora. Uma playlist com cerca de 100 músicas selecionadas por ela embalou a cerimônia. Após o velório, o corpo foi levado em cortejo pelo circuito de carnaval rebatizado como Circuito Preta Gil, até o Crematório e Cemitério da Penitência, onde foi realizada uma cerimônia íntima e, em seguida, a cremação.
A escolha do local também a conecta a outras personalidades brasileiras que foram homenageadas ali, como Milton Gonçalves, Aracy Balabanian, Glória Maria, Ney Latorraca, Françoise Forton e MC Marcinho.


