Um episódio revoltante de racismo infantil marcou um jogo de futebol no Gama (DF) no último sábado. Marcos Alberto Alves da Silva, de 34 anos, relatou que seu filho de apenas 9 anos foi alvo de ofensas racistas ao final da partida. Uma mulher desconhecida, da torcida adversária, chamou o menino de “gordo”, “macaco” e “preto”, diante de outras crianças e adultos.
O caso, que está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal como injúria racial, ocorreu após uma tarde que começou com alegria e terminou em trauma. O pai conta que, após o jogo, as crianças correram para avisar que o menino havia sido insultado. Uma mãe confirmou o ocorrido, e a mulher acusada chegou a admitir os xingamentos quando confrontada.
Marcos tentou impedir que a mulher fugisse, mas a confusão levou os seguranças a protegê-la, temendo agressão. A Polícia Militar demorou a chegar e, enquanto isso, a mulher deixou o local com um grupo em uma van. O pai registrou boletim de ocorrência e segue tentando identificar a autora, cujo nome ainda não foi divulgado oficialmente.
O menino ficou profundamente abalado. No dia seguinte, recebeu apoio dos colegas e do clube Capital DF, que organizou um ato antirracista. Ainda assim, demonstrou sinais de tristeza, evitando fotos na festa da irmã e recusando-se a ir à escola.
O Capital DF repudiou o episódio em nota oficial e prometeu apoio à família. O clube reforçou seu compromisso com a diversidade e declarou que “com racismo não tem jogo”.
A mulher apontada como autora ainda não foi formalmente identificada como suspeita, e a investigação segue em andamento. A família da vítima, enquanto isso, tenta juntar forças para seguir em frente e garantir justiça.