Em um movimento inédito e ambicioso, Alejandro Domínguez, reeleito presidente da Conmebol nesta quinta-feira (12/6), anunciou a implementação de um sistema de fair play financeiro nas principais competições sul-americanas: a Libertadores e a Sul-Americana. A medida tem como objetivo principal controlar os gastos dos clubes, promover a austeridade e combater o crescente endividamento das equipes da região.
Segundo Domínguez, a decisão marca uma nova era para o futebol sul-americano. “De nada serve gerar dinheiro se os clubes continuam se endividando. É hora de mudar a história”, afirmou. O dirigente reforçou que a intenção é fortalecer os clubes financeiramente para garantir um futuro sustentável, investindo de forma planejada e responsável.
Embora ainda não tenha divulgado os detalhes do modelo que será adotado, a Conmebol se inspira no sistema europeu da Uefa, que desde 2009 aplica regras rígidas para evitar que clubes gastem mais do que arrecadam. A adoção do modelo europeu indica que a entidade pretende estabelecer limites de gastos com base nas receitas dos clubes, além de possíveis punições em caso de descumprimento, como exclusão de torneios ou multas.
A iniciativa também recebeu apoio de Samir Xaud, presidente da CBF, que esteve presente na eleição de Domínguez. Xaud já havia declarado anteriormente que o fair play financeiro será uma das prioridades de sua gestão no futebol brasileiro, o que pode indicar uma articulação conjunta entre as entidades para fortalecer o controle financeiro no continente.
A medida promete impactar diretamente a forma como os clubes sul-americanos se organizam financeiramente, podendo representar um divisor de águas para o futebol da região. Com o novo sistema, a Conmebol busca não apenas garantir a saúde financeira das equipes, mas também elevar o nível de profissionalismo e competitividade das competições.