A trágica morte da influenciadora turca Nihal Candan, aos 30 anos, chocou o mundo e levantou um importante debate sobre os perigos da pressão estética. Conhecida por sua participação no reality show Bu Tarz Benim e por sua presença nas redes sociais, Nihal foi internada em estado crítico pesando apenas 22 kg, vítima de anorexia nervosa. Após quase um mês de internação, ela sofreu uma parada cardíaca e não resistiu, conforme confirmado por sua família no último sábado (21/6).
A irmã da influenciadora, Bahal Candam, denunciou o impacto devastador dos ataques e das calúnias que Nihal sofria online, responsabilizando o ódio virtual por contribuir para o agravamento do quadro de saúde da jovem. “Espero que vocês possam sentir remorso por caluniar uma jovem dessa forma e arruinar a vida dela”, declarou.
A Federação das Associações de Mulheres da Turquia também se pronunciou, destacando que a morte de Nihal é um alerta sobre os padrões estéticos impostos às mulheres. Em nota, a entidade afirmou que a obsessão pelo corpo perfeito, alimentada por mídias e programas de televisão, não apenas mercantiliza o corpo feminino, mas também coloca vidas em risco. “Essa questão é, na verdade, um reflexo do problema da desigualdade”, concluiu a federação.
O caso de Nihal Candan não é isolado. Ele escancara uma realidade cruel enfrentada por muitas mulheres que, em busca de aceitação e sucesso nas redes, se submetem a padrões inalcançáveis de beleza. A história da influenciadora turca serve como um triste lembrete da urgência de se discutir saúde mental, autoestima e os efeitos da cultura da aparência — especialmente em tempos de redes sociais, onde a imagem muitas vezes vale mais do que a realidade.
