Nos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump, o governo federal iniciou uma paralisação nesta quarta-feira (1º/10) após o fracasso em aprovar um novo orçamento. A suspensão das atividades afeta diretamente serviços públicos e pode gerar impactos econômicos significativos, como atrasos em transportes e fechamento de parques nacionais.
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Essa paralisação, conhecida como shutdown, é a primeira em quase sete anos. A anterior aconteceu também durante o governo Trump, em 2018, e durou 35 dias. Agora, cerca de 750 mil servidores federais devem ser afastados ou trabalhar sem receber, o que representa um custo diário estimado em US$ 400 milhões.
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Serviços considerados essenciais, como segurança nacional, previdência e controle aéreo, continuarão funcionando, mas com limitações. O Departamento de Educação, por exemplo, anunciou que quase todos os seus funcionários serão dispensados. Já o Departamento de Segurança Interna manterá a maioria de sua equipe ativa.
A paralisação ocorreu porque o Senado não conseguiu aprovar uma proposta republicana de orçamento temporário, mesmo com a maioria dos assentos. Três democratas apoiaram a medida, mas não foi suficiente para atingir os 60 votos necessários. A Casa Branca culpou os democratas e ameaçou demissões em massa caso o impasse continue.
O presidente Trump declarou que, sem orçamento, haverá cortes significativos no funcionalismo público, enfatizando que os afetados seriam majoritariamente democratas. O diretor do orçamento da Casa Branca, Russ Vought, também responsabilizou os democratas por suas “exigências políticas absurdas”.
A paralisação afeta diretamente aeroportos, com controladores e agentes de segurança trabalhando sem salário, o que pode gerar atrasos e cancelamentos. Trens da Amtrak continuam operando por enquanto, mas podem ser afetados se o shutdown se prolongar. Serviços consulares, como emissão de vistos e passaportes, seguem funcionando normalmente.
Parques nacionais, por sua vez, correm risco de permanecerem abertos sem funcionários, o que já causou danos ambientais em paralisações anteriores. A situação atual reacende o debate sobre os riscos de manter espaços públicos abertos sem supervisão adequada.