Mais de 20 mil páginas de registros vinculados ao financista Jeffrey Epstein foram disponibilizadas pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos na última quarta-feira (12/11). As informações contidas nos arquivos geraram forte repercussão, especialmente por envolverem figuras políticas de destaque, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
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Entre os arquivos, há um e-mail em que Epstein afirma ter sido colocado em contato com Lula por meio do linguista Noam Chomsky. A Secretaria de Comunicação da Presidência negou que essa ligação tenha ocorrido. A mensagem, escrita em inglês, diz apenas: “Chomsky me ligou com o Lula. Da prisão. Que mundo”.
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Outro ponto sensível nos documentos é um e-mail enviado por Epstein a si mesmo em fevereiro de 2019, no qual ele afirma que Trump tinha ciência dos abusos sexuais cometidos, embora não tenha participado dos atos. “Ele nunca recebeu uma massagem”, escreveu Epstein, referindo-se ao tipo de abordagem usada para atrair vítimas.
As investigações sobre Epstein começaram em 2005 e levaram à sua prisão em 2008, quando ele se declarou culpado de algumas acusações e conseguiu uma pena reduzida. Libertado em 2009, ele foi detido novamente em 2019 após novas denúncias. Pouco depois, foi encontrado morto em uma cela em Manhattan, e a causa da morte foi determinada como suicídio.
Os documentos também mencionam o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em mensagens de 2018, Epstein se refere a Bolsonaro como alguém “pra valer” e “o cara”. Já em outra correspondência, o empresário tenta se apresentar como conselheiro para o encontro entre Trump e o presidente russo Vladimir Putin, sugerindo que o chanceler russo Sergei Lavrov poderia obter informações sobre Trump diretamente com ele.
Em mensagens datadas de julho de 2010, Epstein conversa com um associado sobre a presença de garotas em Ibiza. O contato menciona que Trump estaria no local, mas Epstein responde que estaria em Paris na ocasião.


