
Ronnie Lessa será transferido para presídio em Brasília por motivos de segurança. (Foto: Instagram)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a transferência de Ronnie Lessa da Penitenciária 1 de Tremembé, no interior de São Paulo, para a Penitenciária IV do Distrito Federal, em Brasília. Lessa é o autor confesso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, e cumpre pena de 78 anos e 9 meses. A decisão foi tomada após um novo pedido da defesa, que alegou risco à integridade física e psicológica do detento, que se encontrava isolado na unidade paulista.
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A defesa de Lessa argumentou que a permanência na Penitenciária 1 de Tremembé era insustentável, diante de ameaças de morte e da impossibilidade de garantir sua segurança. A transferência para a Penitenciária 2 já havia sido descartada anteriormente por questões de segurança, com base em relatórios da inteligência penitenciária que indicavam que diversos presos tinham interesse em matá-lo.
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) apoiaram o novo pedido de transferência, destacando que a mudança para Brasília permitiria melhor monitoramento do preso, conforme os termos do acordo de colaboração premiada firmado por Lessa. A Penitenciária IV do Distrito Federal foi escolhida por sua estrutura moderna e mais segura, após a exclusão do Centro de Internamento da Papuda por superlotação e falhas de segurança.
Ronnie Lessa está detido desde 2019 e passou por diversas unidades do sistema federal antes de negociar sua delação com a PF. No acordo, ele confessou o crime e forneceu detalhes sobre os mandantes e a motivação do assassinato, que estaria ligada a interesses de milicianos em loteamentos ilegais na zona oeste do Rio de Janeiro.
A delação de Lessa implicou os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, que negam envolvimento. Em troca da colaboração, Lessa obteve o direito de cumprir 18 anos em regime fechado no sistema estadual. A decisão de Moraes exige vigilância constante sobre suas comunicações e visitas.
A transferência ainda não havia sido efetivada até a noite do dia 19 de novembro. A segurança de Lessa é uma preocupação constante, especialmente após denúncias de que o PCC teria ordenado sua morte dentro do sistema prisional paulista.


