A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap) decidiu afastar dez policiais penais suspeitos de agredir o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos. Ele está preso na Cadeia Pública de Ceará-Mirim, na Grande Natal, após ser acusado de tentativa de feminicídio por espancar sua ex-namorada com 61 socos dentro de um elevador. A denúncia das agressões dentro da prisão foi feita por Igor no início de agosto, após sua transferência para a unidade.
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A Seap confirmou o afastamento dos servidores nesta quarta-feira (19/11). O caso corre sob sigilo judicial. Por determinação administrativa, os policiais foram transferidos para o Complexo Penal Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró. A secretaria declarou, por meio de nota, que está colaborando com as investigações e cumprindo todas as determinações legais.
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A defesa de Igor Cabral afirma que ele foi colocado nu e algemado em uma cela isolada, onde teria sido espancado com socos, chutes, cotoveladas e spray de pimenta. A Polícia Civil e a Corregedoria do Sistema Prisional estão conduzindo a apuração dos fatos, inclusive analisando imagens para comprovar os ferimentos mencionados. Igor foi levado para registrar boletim de ocorrência e realizar exame de corpo de delito no Instituto Técnico-Científico de Perícia.
O crime que levou à prisão de Igor aconteceu em 26 de julho, em um condomínio de alto padrão no bairro de Ponta Negra, em Natal. A vítima, Juliana Garcia, de 35 anos, sofreu fraturas no rosto e passou por cirurgia reconstrutiva no Hospital Universitário Onofre Lopes. Ela recebeu alta médica em 4 de agosto.
Igor foi preso dois dias após o crime e transferido para a Cadeia Pública Dinorá Simas no início de agosto. Em 7 de agosto, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do estado, tornando-o réu por tentativa de feminicídio.
Segundo relatos de Juliana, a agressão foi precedida por uma discussão na área de lazer do prédio, motivada por uma mensagem enviada por ela a um amigo de Igor. O ex-jogador teria jogado o celular da vítima na piscina, repetindo comportamentos agressivos anteriores, como já ter quebrado outros aparelhos da jovem.


