
Ministro Alexandre de Moraes cita convocação feita por Flávio Bolsonaro em decisão que levou à prisão preventiva do ex-presidente. (Foto: Instagram)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mencionou em seu voto favorável à prisão preventiva de Jair Bolsonaro a convocação feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL) para uma vigília em frente ao condomínio onde o pai estava em prisão domiciliar. A publicação, feita nas redes sociais, incluía um vídeo com apelos religiosos e críticas ao atual cenário político.
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Na gravação, divulgada no sábado (21/11), Flávio afirma que o Brasil não permanecerá "nas mãos de ladrões, bandidos e ditadores" e que, com o apoio popular, será possível "resgatar o país do cativeiro em que se encontra". Para Moraes, essa convocação segue o mesmo padrão de atuação da organização criminosa responsável pela tentativa de golpe em 2022, utilizando redes digitais para espalhar mensagens de ódio e incitar ações contra as instituições.
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O ministro destacou que essa mobilização representa um risco elevado à eficácia da prisão domiciliar de Bolsonaro, além de ameaçar a ordem pública e a aplicação da lei penal. Moraes argumenta que a vigília poderia provocar aglomerações e tumultos nas imediações da residência do ex-presidente, comprometendo a segurança da medida judicial.
Outro ponto levantado por Moraes é a localização do condomínio onde Bolsonaro está preso, situado a apenas 13 quilômetros do Setor de Embaixadas Sul, em Brasília. Segundo o ministro, o trajeto pode ser feito em cerca de 15 minutos de carro, e há indícios de que o ex-presidente teria considerado fugir para a Embaixada da Argentina, conforme informações constantes nos autos do processo.
Além disso, Moraes relatou que Bolsonaro tentou sabotar sua tornozeleira eletrônica de forma intencional, utilizando um ferro de solda, o que o próprio ex-presidente admitiu, alegando "curiosidade". O ministro também lembrou que aliados próximos de Bolsonaro, como Alexandre Ramagem e Carla Zambelli, deixaram o país com o intuito de escapar da Justiça brasileira.


