
Presidente da Câmara, Hugo Motta, durante sessão no plenário em meio a tensões políticas. (Foto: Instagram)
A tensão entre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o líder do governo na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ), atingiu um novo patamar após publicações nas redes sociais acusarem Motta de ter facilitado a saída do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) para os Estados Unidos. Ramagem foi condenado pelo STF a 16 anos e um mês de prisão por tentativa de golpe de Estado, mas permanece em exercício parlamentar, mesmo estando fora do país.
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Na segunda-feira, Motta declarou ao jornal Folha de S.Paulo que não deseja mais manter qualquer relação com Lindbergh Farias. A declaração foi confirmada pelo portal Metrópoles. Em resposta, Lindbergh utilizou a rede X (antigo Twitter) para criticar a atitude de Motta, classificando-a como “imaturo”.
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Influenciadores com ligação ao PT passaram a divulgar a hipótese de que a Câmara, com o aval de Motta, teria colaborado com a fuga de Ramagem. A situação se agravou após o ministro Alexandre de Moraes decretar a prisão do deputado na última sexta-feira (21/11), quando já era de conhecimento público que ele estava nos EUA.
Fontes próximas a Motta apontam que ele acredita que Lindbergh e o deputado Rogério Corrêa (PT-MG) foram os articuladores da campanha digital que o associou à fuga. Corrêa chegou a publicar sobre o tema, mas apagou a postagem após conversar com Motta. Lindbergh, por sua vez, nega qualquer envolvimento com os conteúdos publicados e afirma que o rompimento com Motta tem outras motivações.
Entre os fatores que teriam contribuído para o desgaste estão a oposição de Lindbergh à “PEC da Blindagem”, derrotada em setembro, e sua insatisfação com a escolha de Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do Projeto de Lei Antifacção. Lindbergh também relembrou a derrubada do aumento do IOF, em junho, como outro ponto de atrito.


