
Nelson Souza é aprovado pela CLDF para assumir a presidência do BRB. (Foto: Instagram)
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou nesta terça-feira (25/11), por 16 votos favoráveis e seis contrários, a indicação de Nelson Souza para assumir o comando do Banco de Brasília (BRB). A decisão foi tomada após sabatina na Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof), ocorrida durante a tarde, e confirmada no plenário à noite.
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Durante a sabatina, Nelson Souza destacou que, se confirmado no cargo, pretende priorizar a liquidez da instituição. Ele afirmou que será rigoroso na gestão das aplicações financeiras e na administração da carteira de crédito do banco.
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O novo indicado também prometeu implementar uma reestruturação administrativa no BRB e ressaltou a solidez da instituição. Segundo ele, apesar do momento delicado, uma auditoria independente já foi contratada para avaliar a situação do banco.
Nelson Souza foi escolhido pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, então presidente do BRB. A troca acontece em meio às investigações da Operação Compliance Zero, que apura uma possível fraude de R$ 12 bilhões envolvendo a compra de carteiras de crédito do Banco Master.
Durante a sabatina, Souza evitou comentar sobre o Banco Master, alegando desconhecimento das operações. Ele afirmou que, como especialista do setor bancário, poderá se pronunciar com mais propriedade posteriormente, mas reforçou que transações de compra e venda de carteiras são práticas comuns e legítimas no mercado financeiro global.
Com a aprovação da CLDF, o nome de Nelson Souza ainda será analisado pelo Banco Central antes de sua efetivação no cargo.
A Operação Compliance Zero, conduzida pela Polícia Federal, revelou que o BRB teria adquirido carteiras de crédito falsas usando empresas de fachada, como a Tirreno. A investigação aponta falhas nos mecanismos de controle interno do banco e suspeita que a intenção real da operação era conceder empréstimos ao Banco Master.
A PF destacou que o BRB aceitou receber R$ 6,7 bilhões em parcelas mensais da Tirreno, em vez de exigir a devolução imediata, o que reforça a suspeita de irregularidades. Inicialmente, a operação foi batizada de Ostap Bender, em alusão a um personagem literário, mas depois foi renomeada para Compliance Zero.


