Luighi, jogador do Palmeiras, que foi alvo de uma ofensa racista por parte de um torcedor do Cerro Porteño, durante partida pela Conmebol Libertadores sub-20, no Paraguai, na última semana, relembrou o episódio, em entrevista concedida ao ‘Fantástico’, da Globo, no domingo (9).
Emocionado, o atleta, de 18 anos, relembrou episódios de sua infância nos quais passou por situações duras de preconceito por ser negro, e desabafou sobre o ataque sofrido em campo.
“Cara, eu estava muito triste, é uma coisa que vai me deixar uma cicatriz para o resto da vida, eu vou lembrar sempre desse dia, estava muito triste, mas é como eu falei, acho que o passado me deu forças para eu falar o que tinha que ser dito”, disse Luighi, do Palmeiras, que ressaltou o apoio recebido por colegas de trabalho e do grande público.
“Muitas pessoas me mandaram mensagens, muitos famosos, me falaram para eu continuar do jeito que eu falei da entrevista, para eu ser forte, não desistir, não ficar para baixo com isso e foi o que eu falei, serei forte e isso só me fez ter mais vontade de vencer, mais vontade de mostrar meu amor pelo futebol e pela minha cor”, afirmou o jogador, que confessou que não se conteve, e chorou bastante após o ocorrido, mesmo tendo sido consolado.
“Quando acabou eu só chorava, todos vieram me consolar no vestiário, mas eu só chorava relembrando aquela cena a todo momento, o sinal de macaco, eu não parava de chorar, não conseguia, eu nem vou lembrar da pergunta, do rosto do jornalista, o que vinha na minha mente era o cara fazendo o sinal [de macaco]”, declarou Luighi.
