Após mais um desempenho frustrante na temporada da Fórmula 1, Lewis Hamilton recebeu uma resposta direta e nada empolgante da Ferrari sobre os pedidos por melhorias no carro. O heptacampeão terminou o GP do Canadá apenas na sexta colocação, em uma corrida marcada por dificuldades técnicas e até um acidente curioso com uma marmota.
Frédéric Vasseur, chefe da escuderia italiana, confirmou que uma atualização está prevista para antes do GP da Inglaterra, entre os dias 4 e 6 de julho. No entanto, ele deixou claro que o foco da equipe precisa estar na execução e no aproveitamento do equipamento atual, e não apenas na espera por novos componentes. “É muito mais sobre o que você extrai do carro do que sobre o potencial dele”, afirmou.
A Ferrari não apresenta um grande pacote de melhorias desde a etapa da Arábia Saudita, e Vasseur explicou que, no atual estágio do regulamento técnico da F1 — que será alterado em 2026 —, as atualizações têm impacto cada vez menor no desempenho. Segundo ele, os ganhos são medidos em centésimos de segundo, e um mau acerto de carro pode custar preciosos décimos.
O dirigente também alertou que novas peças exigem tempo de adaptação. “Não fomos os únicos que, em alguns momentos do passado, precisamos de uma ou duas corridas para adaptar o carro a novas atualizações”, disse, lembrando que a pressa pode ser inimiga da performance.
A mensagem da Ferrari é clara: não adianta esperar por milagres tecnológicos se a equipe e os pilotos não estiverem prontos para extrair o máximo do que já têm em mãos. Para Vasseur, a chave do sucesso está na execução precisa, e não na simples expectativa por mudanças.
Com isso, Hamilton — que já enfrenta uma temporada abaixo das expectativas — precisará fazer mais com menos, enquanto a Ferrari mantém os pés no chão e aposta na evolução estratégica, e não apenas técnica.