O influenciador digital Hytalo José Santos Silva, conhecido como Hytalo Santos, está no centro de uma investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) por suspeita de exploração de menores nas redes sociais. A promotora Ana Maria França conduz o inquérito, que apura se adolescentes que vivem com o influenciador estão sendo utilizados para gerar conteúdo com conotação sexual, visando engajamento e lucro.
A polêmica ganhou destaque após o youtuber Felca publicar um vídeo denunciando que Hytalo sexualiza os jovens com quem convive, criando um ambiente semelhante a um reality show com “clima adulto”, apesar da idade das crianças e adolescentes envolvidas. Felca classificou o conteúdo como “nefasto” e questionou a sanidade de quem promove esse tipo de exposição.
A influenciadora Izabelly Vidal também denunciou Hytalo, afirmando ter sido vítima de abuso ao tentar relatar os comportamentos inadequados do influenciador. Ela o acusa de tratar os jovens, a quem chama de “filhos”, de forma imprópria. Em resposta, Hytalo moveu uma ação judicial contra Izabelly por difamação.
Em meio às investigações, veio à tona que Hytalo é dono de três empresas registradas na Paraíba. A principal delas, a Hytalo Santos Participações Ltda., foi fundada em agosto de 2023 e possui capital social de R$ 3,8 milhões, atuando no setor imobiliário. Outras duas empresas estão voltadas para marketing, produção de vídeos e eventos, com capital social de R$ 10 mil e R$ 1 mil, respectivamente. Essas companhias também são utilizadas para agenciar os jovens que aparecem em seus conteúdos.
O caso ganhou repercussão nacional e levou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, a anunciar a inclusão de projetos sobre o controle da “adultização” nas redes sociais na pauta legislativa.
Apesar das acusações, Hytalo nega qualquer irregularidade e afirma que apenas ajuda jovens em situação de vulnerabilidade. Ele continua ativo nas redes sociais e, recentemente, foi listado entre os 200 maiores influenciadores do Brasil pela plataforma Favikon.