Durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suposta tentativa de golpe envolvendo Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, o ministro Luiz Fux afirmou que a Corte não tem competência para julgar pessoas que não ocupam cargos públicos, como é o caso do ex-presidente. Ele também declarou que não é cabível a acusação de organização criminosa contra os réus. As falas geraram forte reação entre apoiadores de Bolsonaro, que comemoraram a posição do magistrado.
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O pastor Silas Malafaia, aliado de Bolsonaro, celebrou publicamente: “MINISTRO FUX! Arrebentando a farsa do golpe”, escreveu nas redes sociais. Já o deputado Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, pediu a anulação do processo, afirmando que Fux desmascarou uma suposta perseguição orquestrada pelo ministro Alexandre de Moraes. “FUX HONRA A TOGA. ANULA TUDO”, publicou o parlamentar, que acompanha o julgamento presencialmente no STF.
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Deltan Dallagnol, ex-procurador e ex-deputado, também reagiu, destacando a diferença de tratamento no STF entre Bolsonaro e outros réus dos atos de 8 de janeiro. Ele criticou o fato de o ex-presidente estar sendo julgado por uma turma, enquanto pessoas em situação de rua foram julgadas pelo plenário. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) elogiou Fux por reconhecer que os réus não têm foro privilegiado, o que, segundo ele, invalidaria o julgamento pelo STF.
Zé Trovão (PL-SC) também se manifestou, dizendo que Fux demonstrou imparcialidade e respeito à toga. A fala de Fux, ao afirmar que o STF não deve exercer papel político e que a Constituição deve ser respeitada por todos, foi recebida com entusiasmo pela base bolsonarista, que viu nela uma possível abertura para anulação do processo ou pedido de vista.
Por outro lado, a declaração gerou insatisfação entre membros do Partido dos Trabalhadores (PT), que consideraram a posição de Fux exagerada. Apesar disso, o pronunciamento do ministro fortaleceu o discurso de perseguição política entre os apoiadores de Bolsonaro e reacendeu expectativas sobre os próximos passos do julgamento no STF.